quarta-feira, 16 de agosto de 2017

NAQUELA MESA ESTÁ FALTANDO ELE

Meu avô materno, Dr. Demócrito Salles Freire. Ele sentava-se sempre e me dizia: ''Meu neto amado, eu te avisei várias vezes, e você não ouviu os meus conselhos''. Ele queria sempre o melhor para mim, mas infelizmente eu não escutava o que ele me dizia, e por causa disso eu quebrei a cara. Naquela mesa ele contava histórias, que hoje eu guardo na memória, principalmente os discursos que ele fazia na passagem do ano. Naquela mesa ele juntava a gente, e contava contente o que tinha feito de manhã. Voinho era baiano, da cidade de Castro Alves, e fazia um vatapá delicioso, o qual todo mundo adorava e pedia bis. Os seus olhos fraternos eram cheios de brilho. Mais do quê seu filho, eu virei seu fã. Voinho foi o pai que eu não tive! Eu não sabia que doía tanto, uma mesa num canto, uma casa e um jardim. Passaram muitas pessoas pelo seu consultório dentário, e todos adoravam e elogiavam o trabalho, a capacidade, a competência e a habilidade ao tratar os pacientes. Se eu soubesse que doía tanto a vida. Voinho e Voinha, jamais sairão do meu coração, eterno é o meu amor e a minha gratidão. Os dois já cumpriram suas missões aqui na terra. A saudade que tenho deles está doendo em mim. Naquela mesa está faltando eles. Mas fica a lembrança de quê Dr. Demócrito e Dona Zilma foram em vida, avós extraordinários. 

Fernando Freire.

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