EU FUI BASTANTE FELIZ

Quando trabalhei, no meu primeiro e único emprego de carteira assinada, no Sesc. Na época, nosso presidente era o empresário católico, senhor João Luiz Ramalho de Oliveira, durante a sua presidência ele nunca foi injusto com os Sescianos, nunca prejudicou nenhum ex funcionário. Ele sempre aplicou a justiça e o Sesc era uma grande família que caminhava de mãos dadas. A felicidade reinava, e quando tinha festa, o ar se tornava puro, de tanta alegria. Eu tenho uma imensa saudade do tempo em que eu trabalhava lá, pois para mim, o Sesc sempre foi como minha segunda casa, e onde eu ganhei gratuitamente o carinho e a amizade de todos. Quando fiquei enfermo, todos eles se preocuparam comigo, quando entrei em coma, todos os meus amigos e colegas se uniram em uma grande corrente de oração pedindo por mim. O presidente João Luiz Ramalho de Oliveira, ia na casa São Raimundo, para me visitar; ele e todos os meus amigos ficaram radiantes de imensa felicidade quando souberam que eu tinha acordado do coma. Os meus irmãos do Sesc, deram-me apoio humanitário e financeiro, cooperando com os medicamentos. Sempre serei grato por todo carinho, lealdade e amizade. O atual presidente do Sesc não é amigo de seus funcionários e tem um coração de pedra! Afirmo isso porque ele colocou para fora todos os meus ex-colegas, não sendo justo com ninguém. João Ramalho jamais cometeria esse absurdo. O senhor João Ramalho e sua digníssima esposa não se encontram mais entre nós, e me bateu uma enorme saudade. Mas me sinto feliz em saber que tenho muitos colegas no Reino do Céu, desfrutando a vida eterna. A saudade está cravada em meu coração. Que a luz perpetua ilumine a alma de todos os meus irmãos do Sesc.

Fernando Freire.