Na época eu só tinha 25 anos de idade e era recém casado, com apenas 2 anos de matrimônio, e minha esposa Jô trazia em seu ventre o fruto do nosso amor que foi abençoado, a nossa filha que tanto sonhamos. Eu só pude acompanhar até o quarto mês de gestação, e adorava acariciar a barriga da minha esposa, a dizer “o papai está contando os meses para você vim ao mundo”. E no dia 16 de Outubro de 1982 eu sofri uma fatalidade imensa, que eu não pude mais acompanhar a barriga da minha esposa Jô, porque estava lutando incansavelmente para me livrar da morte. O amor de Deus, da Nossa Senhora, e da Jô, no final da batalha eu acordei do coma. Eu não pude mais realizar o meu grande sonho que era acompanhar de perto o crescimento da minha amada filha Fernanda. Não foi nada fácil para suportar a invalidez, não tive condições de físicas de colocar minha filha nos meus braços, e nem coloca-la ela para dormir. Mas Jesus me deu força necessária para suportar com as coisas que eu não podia mais fazer. Com a deficiência que fiquei, perdi o dom da visão, meu cérebro ficou atrofiado pela metade, meus braços e pernas ficaram enferrujados. Mas com o passar dos anos com o tratamento de fisioterapia e fonoaudiologia eu pude, em passos lentos ir me recuperando. Mas o amor divino é restaurador, hoje já tenho 36 anos que estou impossibilitado ao mercado de trabalho, e fazer coisas que fazia antes, mas sempre Deus e Nossa Senhora me ajudaram. A Fé e a religiosidade nós alcançamos que tanto necessitamos.
Fernando Freire.
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